quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A IMPORTÃNCIA DA PALAVRA

                               A importância da Palavra


  A importância da palavra se potencializa  nos processos educacionais de alfabetização e letramento
  Desde que nascemos aprendemos a interpretar imagens, gestos, olhares e palavras, sendo estas, as mais importantes no nosso desenvolvimento como ser  humano, pois marca a fase da oralidade, onde poderemos nos comunicar com os outros e assim nos fazer entender. O mundo está cheio de coisas escritas. Decifrar e decodificar  palavras é essencial para esse desenvolvimento que se potencializa na escola, trazendo a inclusão social e nos dando acesso a grande parte da cultura humana,  geradora de vínculos intersubjetivos consistentes com o outro, com a existência, é,  em sua riqueza, o sopro criador do mundo. Falar  nos distingue  e,  na educação, criar capacidade de comunicação é emancipar as habilidades  de ver e entender a realidade em  que se vive. Favorecendo o desenvolvimento da competência linguística, ouviremos, certamente, o que tanto esperamos :  a voz audível, fortalecida e poderosa de nossas crianças, expressando, com liberdade e domínio de si mesmos e de suas ideias.  Expressando, enfim, com dignidade sua cidadania.  A palavra é a chave mestra da Educação. . Os antigos mestres nem sempre são escutados, disputam com outros meios o interesse dos discípulos, na verdade, já não
existem como tal, são hoje especialistas, com domínio da palavra técnica, quando não burocrática.
Perderam, enfim, a posição privilegiada que a tradição lhes conferia, confiando a eles os destino dos discursos escolares. A palavra do mestre e sua autoridade e competência foi posta em causa, bem como a palavra, a verdade, a voz única.   Não posso deixar de citar um grande mestre. Drummond já dizia:
“espreitar as palavras, escutá-las, seduzi-las, saboreá-las, mesmo se às vezes o gosto é amargo e, a
tarefa nem sempre é fácil. As palavras são opacas, não se entregam nem se iludem com as falsas
promessas. Não aceitam ser passivas, usadas apenas para atos de compra e venda, de consumo, de
mera negociação mercantil. Elas também nos espreitam, escutam, seduzem, saboreiam. Sob a “face
neutra”, escondem, cuidadosamente, tesouros esplêndidos e inesperados, que não são entregues
senão parcialmente. Elas são ativas, nos interrogam"
“Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres. (Carlos Drummond de Andrade. Procura da poesia. A Rosa do Povo)
Uma reflexão aprofundada e uma posição clara e consistente sobre a Palavra na Educação são portanto, necessárias, caso desejemos resgatar, nos tempos atuais, os pressupostos educativos
comprometidos com valores que constituem a nossa humanidade. Dizer e escutar são alguns deles.
E a palavra seu instrumento privilegiado.


                           PALAVRAS
                                                                       (Kell)
Muito a dizer.
Muitas palavras.
Para sempre marcadas.
Pela dor.
De não serem ditas.

Pela superação,
Do  ser. 
Se  já foram escritas.
Muitas palavras...
Escritas, faladas, ouvidas, sentidas.
Entendidas, ou não!
Feitas a mão.
Por amor.
E, cobertas de emoção.
Não são palavras jogadas ao vento.
São sementes.
Traduzem de uma existência, o tempo.
Vivido, inconsciente, consistentemente.
Pois, só falar não é suficiente.
Tem que falar e estar presente.
Verdadeiramente.
Sempre.
                          A profª Lúcia Venina, linguista e a maior defensora da palavra que já conheci.                                                        






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